sexta-feira, 14 de maio de 2010

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Você é como a última porção do doce mais gostoso, como os últimos minutos da minha novela predileta, como o toque provocante num momento de desejo. Gostinho de 'quero mais'. I.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

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Idiota.

Eu já tentei, não vou mudar. Já te falei que não há mais motivo pra tentar sempre te agradar, se o que você faz é o que me faz pensar que o que você quer é alguém pra ocupar o lugar de quem não vai voltar. Quem não existe mais, quem te deixou pra trás. E o que eu senti há um tempo atrás nunca mudou, nem vai mudar. Pois, saiba que apesar de eu tanto relutar, sempre vai ter alguém pra me fazer duvidar que o que a gente quer é alguém pra ocupar o lugar de quem não vai voltar. Quem não existe mais, quem te deixou pra trás. Não há o que lamentar, não há o que conversar. Há muito o que mudar... Esqueça nossa história. Esqueça tudo o que eu fiz por você. Esqueça nós dois e me conte depois como é viver sem lembrar.

"Lucas Silveira- Seis."

sábado, 8 de maio de 2010

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Lembrança.

Peguei-me revirando as memórias escondidas que tenho de você. Recordei-me de tempos majestosos que tivemos "juntos", de como tudo parecia ser perfeito, de como você era perfeito. Fechei os olhos e revi sonhos contigo que pensei já ter esquecido, imaginações bestas que tive nos tempos ociosos sem você. Senti um aperto num lugar que acreditei não existir mais. Marquei no rosto um caminho molhado com algo que poupei por tanto tempo.

Se alguém me perguntasse o que havia sobrado, em mim, de você, eu responderia sem dó: Nada!
Menti.

sábado, 1 de maio de 2010

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Esse brilho intenso me lembra você.

Os primeiros raios solares já sobressaiam por entre as montanhas que nos cercavam. Oscilei olhar para lado, não queria perder um segundo que fosse daquele espetáculo da natureza, mas o fiz. Precisava chamar-te atenção, queria que visses o que eu estava vendo, queria ser testemunha do teu encantamento.
Foi quando meus olhos encontraram teu rosto. Impossível dizer exatamente o que senti naquele momento. Uma mistura de sensações que me deixaram tonta, sem ar, sem órbita. Frenético, magnético, feiticeiro. Tentei por várias vezes desviar o olhar, em vão. Os traços do teu rosto, o tom da tua pele, as curvas, as linhas, tudo era tão fascinante. Ainda mais agora com o saudoso sol iluminando tua face. Alguém já havia te dito que você é ainda mais linda quando está dormindo? Ou que você esconde um sorriso delirante nos teus lábios quando está inconsciente? É impressão minha ou nossas pernas estão entrelaçadas?
Então não fora sonho na noite passada, não fora imaginação. Você realmente esteve em meus braços, foi minha, fui tua. Precisei pensar em respirar pra voltar a si. Aninhei mais teu corpo no meu pra ter certeza de que não sairia daqui. Então, levei meus lábios aos seus, pra sentir novamente a doçura do teu beijo. Logo, teus olhos me fitaram e meu corpo estremeceu. Você sorriu e tudo tornou-se insignificante.
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Foi preciso alguns instantes para que eu percebesse o quão só me encontrava naquele momento. Nem ao menos senti quando tua mão desprendeu-se da minha, agora você já havia dobrado a esquina, nem sombra tua ficara. Onde eu estive esse tempo todo? Talvez imersa nas tuas palavras, aquelas que dissesses antes de partir. Lindas palavras, reconfortantes, esperançosas, mentirosas, camufladas numa despedida dolorosa. Como pude ser tão ingênua?! Enquanto sussurravas juras de amor no meu ouvido eu pude desenhar um futuro maravilhoso nos meus pensamentos. Achei que tu também poderias. Será que devo seguir teus passos ou criar os meus próprios? Melhor é proteger-me desse frio que agora toma conta do beco sombrio, onde você me deixou. Eu vejo luz no fim do túnel, e é esse o meu caminho.
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Me acostumei.

A ser engraçada, ser divertida, ser amiga, ser irmã. A não ser sexy, nem maldosa, nem desejável, nem provocante. A ser solícita, ser ouvinte, ser conselheira, ser leal. A não ser meiga, nem romântica, nem cativante, nem atraente. A ser bondosa, ser generosa, ser parceira, ser companheira. A não ser linda, nem conquistadora, nem interessante, nem companhia. Me acostumei a ser àquela que você procura caso precise se curar daquela que você venera. Você sempre me ama depois de algumas lições de moral. Mas é ela quem ganha a recompensa no fim das contas.

"Cuz I don't wanna be one of the boys, one of your guys. Just give me a chance to prove to you tonight. That I just wanna be your homecoming queen. Pin-up poster dream, not one of the boys."
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Tudo novo, de novo.

Havia esquecido como era caminhar por mim, com minhas próprias pernas. Vou ter de aprender novamente.
Havia esquecido como era não ter em quem pensar, com quem se preocupar, alguém pra desabafar, motivos pra chorar. Vou ter de aprender novamente.
Havia esquecido como era estar sem motivo, viver por mim, sorrir na hora certa, sonhar coisas simples. Vou ter de aprender novamente.
Havia esquecido como era viver o mundo real e divertir-se no imaginário, falar coisas tolas com o intuito de fazer alguém que não se conhece sorrir, ouvir uma música qualquer e admira-la somente por sua linda melodia e não sentir angústia. Vou ter de aprender novamente. Mas não sei se quero.